11/10/2011

Narrativas - As tumbas de Arkanos




Olhem, estão todos nos observando!”, a voz de Arkam se propaga com intensidade por entre as construções antigas, e olhos vermelhos começam a ganhar forma nas lacunas. Estão os quatro em círculos, esperando que algo pior aconteça para que alguma ação inesperada surja de algum lugar.

Mirelini ociosa com aquela situação pensa, “o que será que Morfes estava pensando quando nos enviou para esse lugar asqueroso com esse cheiro de comida dos porcos”, ela porta apenas uma tocha nas mãos e um líquido viscoso que recolhera no fundo do calabouço onde passará alguns meses por desafiar o filho do rei Luther o assim chamado por ela principezinho Voulque. Ela começa a notar que existem desenhos no chão e eles dispostos em um círculo que circundava todos os quatro, as gravuras parecem com a de uma oferenda, criaturas corcundas com garras devotando a uma deusa que está sentada no trono feito de nuvens, e alguns símbolos desconhecidos.

Arkam impaciente com aquela situação fala, “Ô! Vocês ai de olhos vermelhos, num temo tempo pra isso não, se quiserem alguma coisa venham logo que agente resolve aqui na espada se não nos deixe em paz que minha tolerância diminui a cada segundo que passamos aqui, Adeus!”.

Angel olha sério pra Arkam, “Sério mano? Eu aqui pensando que iriamos poupar o máximo de energia que pudéssemos e você provocando essas coisas ai, por amor ao reino  e a todas as vagabundas, cale a boca!”.

Infinitas até agora apreensiva tem a atenção chamada por Merelini, “Psiu! Olhe o chão e diz o que você acha”, Infinitas começa a vasculhar cada seguimento e cada desenho e faz um gesto para sua amiga de quem não entendera nenhum palmo do que virá, mas intrigada continua procurando algo.

As criaturas escondidas começam a agir de forma hostil como se quisesse provocar algum temor nos quatro ali presentes, os andares da velha construção coberta de lodo começam a tremer, para quem esta observando do circulo parecia que os olhos estavam a dançar. Uma das criaturas ganha forma por entre a escuridão, pequena e de pele verde asquerosa o ser levanta a mão e todos os outros param, olhando firmemente para os cavaleiros ali à frente e resmunga algo incompreensivo.

Arkam levanta a mão que porta a espada, “Até que em fim poderemos sair daqui sem mais demora, vai Infinitas!”. A criatura olha com duvida sobre a exaltação do guerreiro de armadura prata com panos vermelhos e símbolos dourados e se surpreende com um jato de luz branca tocando em sua pele, para seu azar não era luz e sim uma prece recitada pela mais poderosa maga de Criaturas Mágicas do reino de Arkanos, a serva de Arkam, feiticeira Infinitas. A pele da criatura começa a ficar cheia de bolhas e sem reações demais sucumbe em dor e perde completamente a consciência, então cai. As outras da mesma espécie começam a fugir já que sua liderança acaba de padecer. E os quatro guerreiros começam a relaxar.

Merelini diz com voz inconformada, “só isso? Eu me sujei toda por uns sapinhos medrosos?”. Então todos ouve uma exclamação de Angel que esta a olhar preocupado o chão que misteriosamente começa a brilhar, “Pelos infernos, vocês não sabem ler? Essa imagem do meio parecida com um circulo de ritual é a marca do chão sagrado do templo de Alinis a rainha Mork que virou deusa após derrotar o Virilioun o deus-mor dos infectos, e as escrituras mostram que o ritual começará logo após as preces serem atendidas”. Arkam com astúcia e um rosto inconfundível de espanto tenta saltar para fora do circulo antes de seu amigo terminar de falar. Ainda no ar ele percebe o chão começa se abrir como um alçapão que  desdobra para baixo, um vento tremendamente forte puxa-o para dentro do buraco assim como os outros guerreiros que estavam ali presentes.

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